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quinta-feira, 3 de março de 2011

ANTIGOS APARELHOS DE NAVEGAR EM MAR TENEBROSO OU MAR OCEANO


Ampulheta era um relógio de areia constituído por dois recipientes cónicos de vidro unidos pelo vértice de modo a deixarem correr a areia de um recipiente para o outro num determinado período de tempo.


O astrolábio é um antigo instrumento para medir a altura dos astros acima do horizonte. Atribui-se a Hiparco, o pai da astronomia e trigonometria, a sua invenção. Ptolomeu designa por astrolábio a esfera armilar, que os árabes combinaram com o globo celeste e aperfeiçoaram criando assim o astrolábio esférico.


A BALESTILHA
Há quem afirme que foram os portugueses que inventaram a balestilha. Seria uma inspiração do kamal, visto por Vasco da Gama na sua passagem pelo Índico. A origem do seu nome poderá ser balhesta, o mesmo que besta, a arma medieval, devido à sua semelhança. Também a derivação de um outro instrumento do séc.XII, o báculo de Jacob, usado em topografia e agrimensura tem sido discutido.
É constituida por uma régua de madeira, o virote, de secção quadrada e com três ou quatro palmos de comprimento, na qual se enfia a soalha que corre perpendicularmente ao virote. Para medir a altura de uma estrela visava-se por uma das extremidades do virote através de uma pínula e ajustava-se a soalha de modo que a aresta superior desta coincidisse com a estrela e a outra extremidade com o horizonte do mar. A leitura da altura do astro era feita no ponto da escala gravada no virote onde a soalha correspondente tinha ficado, isto porque a balestilha tinha três ou quatro soalhas, conforme a altura do astro a medir.
Para medir o sol, a operação era feita de costas para o astro, para não ferir a vista. O observador espreitava ao horizonte pela tangente do virote deslocando a pínula, com orifício ou fenda, até que visse a sombra do extremo da soalha coincidir na pínula. A leitura era feita na escala do virote na posição da pínula.


O KAMAL
Este instrumento rudimentar foi mostrado a Vasco da Gama pelo piloto árabe (seria Ahmad Ibn-Madjid?) que o levou à Índia. Era usado pelos árabes para determinar as alturas das estrelas para obter a latitude. Trazido para a Europa pelos portugueses foi utilizado nos nossos navios com a designação de tavoletas de Índia ou balestilha do mouro.

O kamal é compunha-se por uma tábua rectangular com um fio com vários nós suspenso do seu centro. A estes nós correspondia uma graduação em isbas. Prendia-se o nó com os dentes, ou encostava-se a mão com o nó junto à cara, e esticava-se o fio com a peça de madeira afastada da cara, visando o horizonte pelo lado inferior da tábua e a estrela pelo lado oposto. Com a mão livre contavam os nós que sobravam para efectuarem o cálculo.
Porque os lados da tábua não eram iguais cada kamal permitia fazer duas séries de alturas compreendidas entre limites diferentes. Uma com o lado maior e outra com o menor. Além disto cada piloto levava mais que um kamal diferente a bordo.


A barquinha
Aparelho destinado a medir a velocidade de um barco. Um sector de madeira preso por um cabo que, marcado com nós espaçadamente, deixava-se correr por um determinado periodo de tempo. Daí o name de nó atribuído à unidade de velocidade de uma embarcação.


A bússola, mais conhecida pelos marinheiros como agulha, é sem dúvida o instrumento de navegação mais importante a bordo. Ainda hoje. Baseia-se no princípio que um ferro natural ou artificialmente magnetizado que tem em se orientar segundo a direcção do campo magnético da Terra.
Os chineses conheceram-na muito antes dos europeus. Foram aqueles os primeiros a fazerem uso da propriedade da magnetite para procurarem os pontos cardeais. O Norte tinha extrema importância na sua cultura e por isso o imperador estava sentado no trono a Norte do palácio olhando para Sul. A bússola chinesa era composta por um prato quadrangular representando a Terra onde uma colher de magnetite poisada no centro indicava o Sul.

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