Ampulheta era um relógio de areia constituído por dois recipientes cónicos de vidro unidos pelo vértice de modo a deixarem correr a areia de um recipiente para o outro num determinado período de tempo.
O astrolábio é um antigo instrumento para medir a altura dos astros acima do horizonte. Atribui-se a Hiparco, o pai da astronomia e trigonometria, a sua invenção. Ptolomeu designa por astrolábio a esfera armilar, que os árabes combinaram com o globo celeste e aperfeiçoaram criando assim o astrolábio esférico.
A BALESTILHA
Há quem afirme que foram os portugueses que inventaram a balestilha. Seria uma inspiração do kamal, visto por Vasco da Gama na sua passagem pelo Índico. A origem do seu nome poderá ser balhesta, o mesmo que besta, a arma medieval, devido à sua semelhança. Também a derivação de um outro instrumento do séc.XII, o báculo de Jacob, usado em topografia e agrimensura tem sido discutido.
É constituida por uma régua de madeira, o virote, de secção quadrada e com três ou quatro palmos de comprimento, na qual se enfia a soalha que corre perpendicularmente ao virote. Para medir a altura de uma estrela visava-se por uma das extremidades do virote através de uma pínula e ajustava-se a soalha de modo que a aresta superior desta coincidisse com a estrela e a outra extremidade com o horizonte do mar. A leitura da altura do astro era feita no ponto da escala gravada no virote onde a soalha correspondente tinha ficado, isto porque a balestilha tinha três ou quatro soalhas, conforme a altura do astro a medir.
Para medir o sol, a operação era feita de costas para o astro, para não ferir a vista. O observador espreitava ao horizonte pela tangente do virote deslocando a pínula, com orifício ou fenda, até que visse a sombra do extremo da soalha coincidir na pínula. A leitura era feita na escala do virote na posição da pínula.
Para medir o sol, a operação era feita de costas para o astro, para não ferir a vista. O observador espreitava ao horizonte pela tangente do virote deslocando a pínula, com orifício ou fenda, até que visse a sombra do extremo da soalha coincidir na pínula. A leitura era feita na escala do virote na posição da pínula.
O KAMAL
Este instrumento rudimentar foi mostrado a Vasco da Gama pelo piloto árabe (seria Ahmad Ibn-Madjid?) que o levou à Índia. Era usado pelos árabes para determinar as alturas das estrelas para obter a latitude. Trazido para a Europa pelos portugueses foi utilizado nos nossos navios com a designação de tavoletas de Índia ou balestilha do mouro.
O kamal é compunha-se por uma tábua rectangular com um fio com vários nós suspenso do seu centro. A estes nós correspondia uma graduação em isbas. Prendia-se o nó com os dentes, ou encostava-se a mão com o nó junto à cara, e esticava-se o fio com a peça de madeira afastada da cara, visando o horizonte pelo lado inferior da tábua e a estrela pelo lado oposto. Com a mão livre contavam os nós que sobravam para efectuarem o cálculo.
Porque os lados da tábua não eram iguais cada kamal permitia fazer duas séries de alturas compreendidas entre limites diferentes. Uma com o lado maior e outra com o menor. Além disto cada piloto levava mais que um kamal diferente a bordo.
Porque os lados da tábua não eram iguais cada kamal permitia fazer duas séries de alturas compreendidas entre limites diferentes. Uma com o lado maior e outra com o menor. Além disto cada piloto levava mais que um kamal diferente a bordo.
A barquinha
Aparelho destinado a medir a velocidade de um barco. Um sector de madeira preso por um cabo que, marcado com nós espaçadamente, deixava-se correr por um determinado periodo de tempo. Daí o name de nó atribuído à unidade de velocidade de uma embarcação.
A bússola, mais conhecida pelos marinheiros como agulha, é sem dúvida o instrumento de navegação mais importante a bordo. Ainda hoje. Baseia-se no princípio que um ferro natural ou artificialmente magnetizado que tem em se orientar segundo a direcção do campo magnético da Terra.
Os chineses conheceram-na muito antes dos europeus. Foram aqueles os primeiros a fazerem uso da propriedade da magnetite para procurarem os pontos cardeais. O Norte tinha extrema importância na sua cultura e por isso o imperador estava sentado no trono a Norte do palácio olhando para Sul. A bússola chinesa era composta por um prato quadrangular representando a Terra onde uma colher de magnetite poisada no centro indicava o Sul.
Os chineses conheceram-na muito antes dos europeus. Foram aqueles os primeiros a fazerem uso da propriedade da magnetite para procurarem os pontos cardeais. O Norte tinha extrema importância na sua cultura e por isso o imperador estava sentado no trono a Norte do palácio olhando para Sul. A bússola chinesa era composta por um prato quadrangular representando a Terra onde uma colher de magnetite poisada no centro indicava o Sul.
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